Neste artigo iremos falar sobre as vantagens de se ter uma TI orientada a produtos, mas antes de falarmos deste novo conceito vamos entender o que é gestão de produtos: é uma atividade multidisciplinar que trabalha para trazer produtos e serviços cada vez melhores para o mercado.
O cliente moldará o que é feito e como é feito, essa é uma das premissas atuais do mercado. Não há tempo de construir para o cliente, devemos construir com o cliente. É preciso alinhar todos os participantes da cadeia de valor em um novo mindset de melhoria e busca da geração de valor. Anteriormente, a área de TI se mantinha isolada, trabalhando num conceito em como a TI era produzida, esse conceito foi ajustado e precisa ser focado no como a TI é consumida. O Gartner é muito feliz em uma de suas afirmações, onde cita “foco na aplicação da tecnologia e não na tecnologia das aplicações”. Esse é o novo mindset: onde e como a TI gera valor construindo e aprendendo juntamente com o negócio.
Já falamos anteriormente que a TI se mantinha isolada, ou foi excluída do fluxo de valor pela administração por entender que TI era área meio. Ao longo dos anos, vimos uma aproximação da área de desenvolvimento de software, que naturalmente precisava identificar os requisitos na construção do software, mas uma outra área da TI foi excluída do fluxo de valor do cliente, a área de I&O (Infraestrutura e operações). Essa desconexão dificulta o entendimento de como construir uma TI orientada a produtos, principalmente na área de I&O devido a esse distanciamento mantido por anos. Segundo o Gartner, os líderes de I&O conhecerão a voz do cliente, experiências, personas e resultados desejados ao negócio. Esse movimento fará com que a I&O se alinhe ao fluxo de entrega de valor, e conceitos de agilidade, lean, produtos prontos, capacidades e facilitadores serão conceitos comuns dentro da área de I&O.
Uma grande pergunta seria: Por onde iniciar a mudança?
Gerente de Produtos: insira dentro da TI o perfil do gerente de produtos. Prepare a equipe. Promova treinamentos sobre o assunto.
Entenda bem o conceito de Produtos, Serviços e Experiências.
Os produtos e serviços digitais são comuns hoje em dia e fornecer uma experiência é importante, então entenda “User Experience” e “Valor” e coloque esses temas como prioridades.
Seguindo esta linha eu trago os conceitos de Design Thinking, Lean e Agile:
- Design Thinking é como nós exploramos e resolvemos problemas;
- Lean é o nosso framework para testar nossas crenças e aprender o caminho para os resultados corretos;
- Ágil é como nos adaptamos às mudanças (priorização baseada em valor).
Eu sei como é difícil pensar em produtos da TI, principalmente na área de I&O, mas basta realizarmos uma avaliação da oferta dos grandes provedores de cloud atuais: AWS, Microsoft Azure, Google Cloud, que entenderemos que eles ofertam produtos de grande valor agregado e que ajudam e muito empresas ao redor do mundo à inovarem mais rápido e facilmente. Então se você é da área de I&O, você pode ser inspirar nos grandes.
Esses produtos de Cloud foram frutos de estudo de problemas e construção continua juntamente com os clientes, sempre melhorando os produtos de maior saída e obviamente alguns produtos foram ficando obsoletos e sendo substituídos. Esse é um processo natural quando se pensa em produtos. Melhoria, crescimento, valor e mercado.
O que eles possuem em comum são o fato de terem usado métodos e abordagens ágeis e de exploração de problemas. Portanto, o uso de Design Thinking, Lean e Agile são boas práticas para serem adotadas dentro de nossas TIs.
Neste contexto de criar produtos certos e de forma ágil, trago uma dúvida, será que temos que pensar nos produtos como caixas?
Sim. Pense em blocos de montar. É melhor pensar produtos que se plugam uns aos outros e ampliam capacidades corporativas.
Aliás, o conceito de capacidades corporativas é algo extremamente importante. EBC – Enterprise Business Capabilities é a soma de suas capacidades internas e externas (exemplo: Cloud públicas) que somadas permitem você oferecer rapidamente novas possibilidades de adaptação ao negócio, como novas ofertas e respostas ao mercado. O EBC corresponde a um elemento importante na nova era do ERP, ou ERP pós-moderno, onde essas capacidades, fornecidas por bons provedores é mais poderosa do que um único fornecedor não especialista, tornando a capacidade de integração a capacidade mais importante de qualquer software atualmente.
Ou será melhor pensar eles como blocos de montar?
O conceito de blocos de montar se alinha perfeitamente ao conceito de produtos e capacidades corporativas, pois permite plugar os elementos e crescer conforme suas necessidades de negócio. Inovação e time to market são orientadores importantes na geração de valor ao negócio. Os blocos são plugados e geram produtos digitais de valor aos clientes (internos ou externos).
Veja uma forma de ajuste da TI para evoluir orientada a produto
Como criar um ciclo de geração de valor constante?
Aqui neste artigo, propomos realizar a integração dos 5 métodos abaixo:
- Design Thinking é como nós exploramos e resolvemos problemas;
- Lean é o nosso framework para testar nossas crenças e aprender o caminho para os resultados corretos;
- Ágil é como nos adaptamos às mudanças (priorização baseada em valor).
- Devops integra equipes de desenvolvimento de softwares, operações e de apoio envolvidas (como controle de qualidade) e adota processos automatizados para produção rápida, segura e contínua de aplicações e serviços.
- ITIL 4 fornece abordagem holística ao gerenciamento de serviços e foca no ‘gerenciamento de serviços de ponta a ponta, da demanda ao valor’.
Esses métodos organizados num processo contínuo de feedback e melhoria são poderosos instrumentos de construção de produtos e serviços de valor, pois trafegam do contexto do problema até à solução e continuidade. Os métodos precisam estar alinhados para no contexto ágil sempre estarem liberando entregas de valor, ou seja, criar um fluxo constante de geração de valor. Esse fluxo de geração de valor representa também a criação de novas capacidades corporativas e novos produtos sobre o conceito de blocos de montar, pois assim será criado uma forma exponencial de geração de valor.
Os principais benefícios do conceito são:
- Entrega constante de valor ao cliente (alinhados aos objetivos da empresa)
- Agilidade (Plugar e crescer)
- Inovação constante (direcionada pelo negócio e necessidades do cliente) – sempre pela adaptação dos blocos de montar
- Respostas rápidas as necessidades de mudanças
- Errar rápido. Aprender. Evoluir. Avançar.
Para quem se perguntar, em como o CITSmart pode ajudar neste processo, segue abaixo uma visão geral de nossos produtos para este conceito:
Para obter mais detalhes sobre o artigo assista o webinário completo apresentado pelo autor, Emauri Gaspar, Co-fundador e CTO da CITSmart.